CLUBHOUSE: mais uma rede social ou um grande acerto na internet?

Nas últimas semanas, as redes sociais foram tomadas pelo “estouro” de uma nova plataforma digital. O Clubhouse, aplicativo que mal foi lançado, certamente já ganhou notoriedade mundial.

Mas afinal, do que se trata essa novidade?

Por que ela já tem tanto prestígio? Será que estamos diante do app que vai revolucionar o networking e a difusão de ideias ou será que daqui a algum tempo nem se quer ouviremos falar dele?

O que é o Clubhouse e como ele funciona?

O app foi criado em março de 2020 por Paul Davison, empresário do Vale do Silício e Rohan Seth, ex-funcionário do Google. Sua ideia é a comunicação ao vivo entre usuários, como assistir uma aula on-line, ouvir um ídolo falando ou discutir filmes e séries com os amigos. Em resumo, o Clubhouse é uma rede social exclusivamente de áudio.


-ÁUDIO? Você deve estar se perguntando.

Sim, caro leitor, apenas áudios.

Não há curtidas, compartilhamentos ou textos. Os usuários acessam salas e podem falar ou apenas ouvir as conversas/palestras de outras pessoas.

Depois de receber seu convite (a gente vai falar sobre esse processo daqui a pouquinho, continua lendo…) e entrar na rede, o usuário escolhe seus interesses e vê salas sobre tópicos pré-selecionados. Uma mistura de podcasts, chamadas em tempo real e conferências de áudio. Além de, claro, poder criar salas de bate-papo para discutir temas específicos e entrar nos chats que são mais voltados aos seus interesses.

Festa privada! Apenas convidados.


Como falamos anteriormente, o aplicativo está em fase de testes, sendo assim, só é possível utilizar a plataforma após receber um convite de alguém que já é membro. Cada novo integrante ganha mais dois convites para enviar para os amigos.

As apostas estão altas.

Em menos de um ano do lançamento, o aplicativo já é avaliado em US $1 bilhão e tem mais de 6 milhões de usuários. Por isso, retomamos a pergunta feita no início desse blog: por que esse aplicativo já tem tanto prestígio?

A resposta é simples, personalidades como  Elon Musk, Oprah Winfrey e até o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, já aderiram à rede e fizeram reuniões por meio do Clubhouse.

Acessibilidade? Por enquanto não.

O Clubhouse, mesmo que em fase de testes, não se preocupou muito em levar o aplicativo para todos na internet. Para entrar, são necessárias algumas condições: ter um iPhone – o app não está disponível para usuários de Android – e ser convidado por um amigo que já está usando o aplicativo.

Mas, para pessoas com deficiência auditiva e visual, e por se tratar de uma plataforma com salas de conversas ao vivo, percebemos que ela NÃO É ACESSÍVEL.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas têm algum nível de deficiência auditiva no mundo. Já 596 milhões de pessoas têm deficiência visual, sendo 43 milhões de pessoas cegas, segundo levantamento recém-divulgado pela The Lancet Global Health.

A escritora e líder do projeto “Surdos Que Ouvem”, Paula Pfeifer, apontou problemas de acessibilidade na nova plataforma por meio das redes sociais e, ainda sim, foi criticada por isso.

“Desde que me posicionei, eu preciso ‘provar’ que acessibilidade é importante. Acessibilidade não é um luxo. Na verdade, ela é pré-requisito básico de produtos e serviços, e deve ser pensada desde a sua concepção, e não para ‘tapar buraco’ depois”.

Além da limitação para pessoas surdas, o aplicativo teve reclamações de pessoas cegas, já que não disponibilizou configurações que permitam leitores de tela. E, mais uma vez, pessoas com deficiência foram “deixadas para depois”.


Vale a pena divulgar minha empresa no Clubhouse?

Com o “boom” do app, empresas como Claro, Nescau e TV Cultura já movimentaram ações que envolviam o aplicativo. E como toda boa estratégia de marketing, é necessário estar antenados às tendências.

Uma vez que você pode criar salas próprias e conteúdos sobre temas que sejam relacionados ao seu setor, é possível se posicionar no seu mercado e criar autoridade no Clubhouse.

No app, existe a facilidade de te deixar mais próximo do seu público alvo, pois como o conteúdo é por meio de áudio, a mensagem soa mais pessoal. Utilizando recursos como storytelling para compartilhar a história da sua marca, desafios cotidianos e dicas em geral.

Ainda não podemos dizer que o Clubhouse chegou para ficar. Mas depois de ler esse blog,  temos certeza que você já sabe TUDO sobre ele.


E aí, entraria nessa roda de conversa? Já consegue imaginar você ou sua empresa utilizando a nova rede social?


Conta pra gente.

Por

Vitor Martins

Vitor Martins

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