Conteúdo Interativo: nova ferramenta para engajar sua audiência

O que vem à sua cabeça quando alguém te pergunta “o que é conteúdo interativo”? Aposto que você, rapidamente, ativa todas as memórias nas quais você teve o poder de escolha sobre algo, nem que seja uma das alternativas presentes em testes disponíveis da internet que trazem resultados engraçados e divertidos.

 E posso te dizer: você tá bem certo, mas não para por aí não!

No marketing digital, o conteúdo interativo é uma ferramenta poderosíssima para o marketing de conteúdo e pode ser aplicada em infinitas estratégias, contemplando praticamente toda a jornada do cliente nas etapas do funil de vendas.

Conteúdo Interativo: o que é, o que come, onde vive?

Uma boa definição para conteúdo interativo é dizer que são aqueles tipos de conteúdo que chamam a nossa atenção. É aquele que desperta um novo olhar para os materiais estáticos, como ebooks, PDFs, podcasts, vídeos e blog posts, que são consumidos pela audiência de forma passiva.

A interação sugerida pelo conteúdo interativo pode acontecer tanto no meio on-line quanto no off-line. Tudo vai depender da estratégia pensada e aplicada naquela campanha.

São materiais ricos e dinâmicos que estimulam a participação da pessoa e proporcionam a ela uma experiência diferenciada.

Em troca, este usuário fornece informações valiosíssimas que podem nortear a criação de outras estratégias, sejam para qualificar ou encantar o lead.

Então, meu amigo e minha amiga, é aí que a mágica acontece!

Quando a gente se depara com um quizz, por exemplo, a nossa resposta pode sinalizar dores, demandas e deficiências daquele participante.

Essas informações podem se transformar em campanhas mais segmentadas e focadas na solução e no fechamento destas lacunas.

Além dos testes, como já citamos, podemos capturar dados dos leads por meio de calculadoras, infográficos e até por meio de uma nova roupagem para vídeos e ebooks mais interativos.

A escolha do formato aplicado vai depender dos objetivos, da estratégia e da etapa do funil.

As diferenças entre conteúdo interativo e conteúdo passivo

No marketing de conteúdo, o conteúdo passivo engloba o básico do que chamamos de produção de conteúdo rico. São textos, blog posts, email marketing, podcasts, vídeos, ebooks, PDF, etc. que são publicados pelas marcas e distribuídos para a sua audiência.

O termômetro da relevância desses tipos de conteúdo é medido por meio do feedback dos usuários, seja por meio de likes, reações, comentários, compartilhamentos e navegação em sites e blogs.

O objetivo do conteúdo passivo é responder dúvidas dos usuários. Claro, se possível, conduzir o lead para jornada de compra.

Já o conteúdo interativo propõe uma abordagem mais interessante: segurar o usuário por mais tempo naquele conteúdo, pois ele se sentirá atraído por algo, até então, diferente do que ele estava acostumado.

Conheça alguns tipos de conteúdo interativo:

Como já citamos anteriormente, existem alguns formatos de conteúdo interativo nos quais as pessoas já estão mais habituadas. A seguir, falaremos mais sobre eles e vamos mostrar outros igualmente instigantes e inteligentes:

Quizzes ou testes

Esse aqui é o mais comum dos formatos. Foram altamente popularizados pelos divertidos testes da Buzzfeed. Quem nunca fez um, que atire o primeiro like!

Por usar de uma linguagem simples, didática e objetiva, os testes, além de entreter podem educar a audiência trazendo informações relevantes e, ao mesmo tempo, capturando insights valiosos para futuros desdobramentos de um determinado tema.

Neste formato o que vale é a criatividade. Quanto mais divertido e utilitário para aquele usuário, maiores serão as suas visualizações e compartilhamentos.

O quizz pode, dentre inúmeras aplicações, medir o conhecimento da audiência sobre um produto ou serviço; o perfil de consumo; e detectar demandas e assuntos relevantes para aquela estratégia.

Neste exemplo, a Rock Content lançou um quizz para as pessoas descobrirem se a carreira de freelancer é a praia delas. Confira aqui!

Calculadoras

Quem é de humanas fica aliviado quando se depara com algo que possa fazer contas em seu lugar.

Assim, incluir calculadoras como estratégia para um conteúdo interativo é o pulo do gato para ajudar o consumidor a saber se o produto ou serviço cabem no seu bolso.

Dependendo do tipo de solução ou produto oferecido por uma empresa, esse formato pode trabalhar com estimativas de economia, planejamento financeiro e até como ganhar dinheiro.

As calculadoras podem tanto aparecerem sozinhas quanto combinadas a um outro material que contextualize a sua aplicação para aquela estratégia.

A montadora francesa Renault, por exemplo, disponibiliza em seu site uma calculadora para que o cliente possa simular a compra de um dos seus carros de acordo com o percentual de entrada e o número de parcelas.

Ebooks

Como os testes, o ebook é uma estratégia de marketing de conteúdo muito aplicada pelas marcas e bastante disseminada entre as pessoas. Mas quando falamos em conteúdo interativo, o ebook pode ficar ainda mais interessante.

Sabe aquele PDF estático que já está pronto? Então, com aquele banho de loja, combinando o conteúdo em texto com vídeos, imagens, gráficos e animações, a leitura do material se torna cada vez mais interessante e prazerosa.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, recentemente, um e-book interativo chamado “O Que É o SUS”. São 93 páginas nas quais o leitor pode navegar, ouvir áudios e assistir a vídeos que complementam o storytelling do material. Veja aqui.

Infográficos

Eles já são velhos conhecidos pelo público na compreensão de dados e informações mais diretas.

No entanto, o uso da interatividade na apresentação desse conteúdo pode não só facilitar a compreensão como convidar o usuário a criar a sua própria linha de raciocínio.

A participação do lead no infográfico pode acontece por meio de botões, mapas, gráficos animados, vídeos, testes e muitos outros recursos.

Veja aqui como este infográfico conta a evolução da web.

White Papers

O formato de white papers costuma ser aplicado em conteúdos mais técnicos, pois propõe uma ideia de manual ou guia.

Por conta dessa característica, torná-lo mais interativo é um bom caminho para que a apresentação desse material seja mais atrativa e compreensível.

Desta forma, vale apresentar os capítulos do white paper por meio de botões que facilitam a navegação pelos capítulos.

Lookbooks

O lookbook é um tipo de conteúdo interativo com bastante apelo visual. É composto, geralmente, por fotografias.

É um formato que teve sua origem em algo estático, como um catálogo impresso ou ebook, ainda é amplamente utilizado pelos segmentos de moda e decoração para apresentar produtos, modelos, fotógrafos, estilistas e designers.

Sob uma roupagem mais interativa, o lookbook pode abusar das fotografias para apresentar conteúdos e informações relevantes e ainda capturar informações por meio de um formulário.

O site da Zara, por exemplo, utiliza este recurso para apresentar suas coleções. Além das fotos, há vídeos para demonstrar os produtos.

Landing Pages

A landing pages (LD) tem um objetivo bastante claro: gerar conversões.

Logo, adicionar ferramentas de interatividade numa LP não só ajudam a despertar o desejo do visitante em estar lá como convencem ele a fornecer seus dados para transformá-lo num lead.

Buscador de soluções

O buscador de soluções é uma derivação mais específica dos questionários.

Este formato tem como objetivo guiar o consumidor por meio de perguntas para que ele consiga encontrar a solução certa para o problema do usuário.

A Apple oferece em seu site a opção para que o cliente possa ser orientado sobre reparos em seus dispositivos. Ele responde a perguntas que vão segmentando para o tipo de problema e a solução indicada.

Questionários

A principal diferença entre o quizz e o questionário é a linguagem, que tende a ser mais séria e aprofundada.

No questionário, o objetivo não é apenas o entretenimento, mas ajudar o consumidor na sua jornada, identificando suas necessidades.

Nesta caminhada do cliente é possível coletar dados sobre ele para saber em qual etapa da jornada ele se encontra e qual abordagem de marketing e vendas deve ser utilizada.

Mapas

Com o surgimento do Google Maps, a utilização de mapas interativos engloba as mais diversas aplicações. Eles tanto podem servir para entreter quanto para informar, como se fossem um infográfico interativo, porém, com dados de geolocalização.

Neste exemplo, a Universidade de Johns Hopkins criou um mapa interativo para acompanhar a propagação do coronavírus, quase que em tempo real.

Biblioteca de recursos

A biblioteca de recursos é bastante interessante para reunir, em um só lugar, os conteúdos já produzidos por uma marca ou empresa.

A principal função é criar uma página interativa, com botões de acesso aos assuntos de maneira segmentada.

Isto permite os usuários encontrarem com facilidade o conteúdo que desejam consumir, como a Symantec, que segmentou o acesso ao conteúdo sobre proteção digital em seu site.

Vídeos

Os vídeos, por si só, já são um tipo de conteúdo mais envolvente devido à sua narrativa mais dinâmica, principalmente quando comparados aos conteúdo de texto.

Sob um olhar mais interativo, podem convidar as pessoas a interagirem com outros conteúdos utilizando botões.

Alerta importante!

O conteúdo interativo e o conteúdo estático não são, e nem precisam ser, inimigos ou estratégias conflitantes. Pelo contrário, ambos podem ser parceiros e proporcionar um resultado incrível para a sua estratégia.

Lembre-se que, ao oferecer para a sua audiência possibilidades para que os usuários possam engajar com o seu conteúdo e ainda compartilharem com outras pessoas, a marca não só ganha em relevância como amplia a coleta de dados qualificados que podem ser bem aproveitados pelas equipes de venda.

Veja só este exemplo:

Ebooks, infográficos e blog posts, como falamos anteriormente, são interessantíssimos para educar a sua audiência, já que a sua essência é reunir muita informação.

Quando pensamos em transformá-los em um conteúdo interativo, eles atraem e, naturalmente, engajam a audiência pela diversão.

Logo, o conteúdo interativo é a melhor maneira de aliar informação e entretenimento. Primeiro porque o usuário se sente estimulado a consumir aquele conteúdo, e segundo pois aquele material contém atrativos que prendem a sua atenção até o fim.

Por que incluir conteúdo interativo na sua estratégia?

O conteúdo interativo caminha de mãos dadas com a principal tendência do marketing, relacionamento e vendas: a experiência!

A seguir, vamos destacar outras razões para você não perder mais tempo e incluir o conteúdo interativo nas suas estratégias de marketing de conteúdo.

– Aumentar o engajamento e envolvimento

O marketing de conteúdo cresceu tanto, mas tanto, que chegou a saturar a paciência dos usuários devido ao volume de posts em blogs e nas mídias sociais.

Com isso, conteúdos de qualidade e relevantes acabaram se perdendo em meio a tantos estímulos.

E na contramão disso vem surgindo o conteúdo interativo como uma solução eficiente. A principal razão é a possibilidade de oferecer ao usuário uma experiência de consumo diferente, já que ele prende sua atenção pela criatividade, leveza e diversão.

E se prende a tal ponto que a pessoa interage e compartilha o material, podemos dizer, com segurança, que o engajamento foi concluído com sucesso!

Assim, o conteúdo passivo não só abre espaço para esses formatos, como também faz com que as pessoas se envolvam mais com a marca.

O conteúdo interativo também permite a análise de outras métricas, bem como o tempo de permanência do usuário naquele site, o número de compartilhamentos daquele link, entre outras referências de dados.

– Receber mais feedbacks dos usuários de forma autêntica

O círculo do conteúdo passivo consiste em distribuir o conteúdo e esperar o feedback dos usuários. O que, nem sempre, é garantia de que aquele material foi consumidor pelo lead.

No caso do conteúdo interativo, o feedback é acontece, praticamente, em tempo real, por os dados são fornecidos durante o consumo.

Podem ser identificados dados como visualizações, cliques e interações com cada elemento presente no material interativo.

Um levantamento feito pela ScribbLelive, empresa americana focada na criação de conteúdo expansível e premium, adquirida recentemente pela Rock Content, 60% das organizações que usam conteúdo interativo conseguem medir melhor a sua eficiência. Dentre as empresas que utilizam conteúdo passivo, esse percentual é de apenas 25%.

Sinais, fortes sinais!

Cada interação com o conteúdo representa um sinal do usuário para a marca.

As métricas ofertadas pelo conteúdo interativo conseguem mensurar e coletar dados valiosos sobre o seu público, bem como seus comportamentos, dores e necessidades.

Isto é totalmente diferente, por exemplo, de quando há o estimulo para o download de um PDF ou para a leitura de um texto em blog.

Logo, por meio do conteúdo interativo é possível entender se as pessoas realmente consumiram o material, ao mesmo tempo em que ele proporciona uma experiência muito mais interessante para o usuário.

– Otimização na geração de leads e conversões

Dizem que quem converte não diverte, mas no caso do conteúdo interativo, quem converteu, divertiu!

Quando o usuário gosta e se engaja com o material, é natural que ele forneça seus dados e se transforme num lead para aquela marca.

Assim, a chegada de mais leads pode trazer também traz aumento na taxa e conversão, resultando em vendas e no faturamento para as empresas.

Afinal, quem não se diverte ao ter acesso a um conteúdo dinâmico, com apelo visual, e com a sensação de poder resolver seus problemas – ou matar a curiosidade – ao toque dos dedos?

O conteúdo interativo proporciona uma experiência única e rica, capaz de despertar o desejo dos consumidores.

Mais do que isso,  prender sua atenção de modo a guiá-lo na sua jornada até a conversão.

– Gamificação com direito a bonificações

A gamificação – ou ‘gamification’ – faz parte das estratégias do marketing digital. Seu objetivo é utilizar técnicas e elementos das mecânicas dos jogos para atrair as pessoas.

Quando aplicada em um conteúdo interativo, possibilita uma experiência diferenciada com o conteúdo, mantendo seu público engajado, motivados e inspirados.

É possível incluir no conteúdo recursos comuns da modalidade, como premiações, reconhecimentos, medalhas, troféus, rankings e diversos outros.

O limite, aqui, é a criatividade. E, também, o que a empresa pretende investir, como cupons de desconto ou vale-compras.

O que fazer antes de incluir o conteúdo interativo?

Antes da gente defender que o conteúdo interativo é a solução para o marketing digital no que tange o engajamento e conversões, é preciso lembrar que este material precisa ser um conteúdo relevante e estar alinhado com as expectativas da marca.

Para isso, é importante conhecer melhor o seu consumidor; construir a persona correta da marca; otimizar a segmentação das campanhas de marketing; personalizar as abordagens de marketing; e melhorar as abordagens de vendas.

O conteúdo interativo, sem estratégia, não apresenta resultados satisfatórios. Além de representar um investimento alto, uma vez que as plataformas que oferecem esses formatos possuem altos custos de aquisição.

Mas então, como criar conteúdo interativo?

Primeira coisa que você precisa saber é: não precisa ser hacker para criar algo mirabolante que vai reter o usuário e fazer ele interagir com o seu conteúdo.

Claro que pensar em um layout responsivo, que se adapte bem em todos os formatos digitais, é fundamental. Porém, como falamos anteriormente: o sucesso acontece quando há planejamento!

Para melhor aproveitar os formatos desse tipo de conteúdo é preciso fazer, também, um levantamento das principais palavras-chaves, e estruturar a estratégia.

Ao iniciar a criação de conteúdo, siga estes passos:

– Faça um esboço desenhado como pretende que o projeto fique no final;

– Procure referências e elementos que podem ajudar o usuário adquirir o conhecimento proposto pelo conteúdo;

– Com o esboço em mãos, escolha qual, ou quais, ferramentas serão utilizadas para criar um conteúdo no molde projetado.

Na hora de executar o projeto, lembre-se de:

– Usar imagens com boa qualidade;

– Caso tenha formulário para o usuário preencher, faça perguntas certas para deixar sua base de dados rica;

– Analise seu banco de conteúdos pra saber se existem materiais prontos que possam ser reaproveitados e ganharem aquele banho de loja!

Em breve você vai descobrir uma novidade que a Cubo está preparando!

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Até mais!

Por

Bárbara Riolino | Analista de Conteúdo

Bárbara Riolino | Analista de Conteúdo

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