Construir um negócio digital virou palavra de ordem no mundo dos negócios, principalmente após o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus. Transformações da estratégia de Marketing Digital, que vinham acontecendo de forma lenta, precisaram ser aceleradas. Decisões que talvez demorassem meses, anos, para serem tomadas precisaram ser tomadas em dias, em algumas poucas horas.
E pelo que dizem, essa velocidade vai fazer parte desse novo normal.
Boa parte das estratégias de Marketing Digital adotadas, principalmente por essas empresas recém digitalizadas, contemplam a atuação em alguma rede social. Facebook, Instagram, LinkedIn, Tiktok que é a febre do momento (até o momento).
Independente de qual tenha sido a escolha, esses negócios se digitalizaram ou estão sendo (re)construídos dentro das redes sociais, essas plataformas democráticas que contribuem muito para aumentar o alcance das marcas e conectar as empresas a seus públicos.
O sucesso, a visibilidade, os resultados alcançados nas redes sociais, contudo, escondem um inimigo muito, muito perigoso. E é sobre ele que vamos falar hoje.
Quem é o dono da audiência?
É por essa pergunta que começamos nossa reflexão. Uma reflexão cada vez mais necessária, diga-se de passagem.
Suponha que você tem hoje 10.000 seguidores no perfil da sua empresa no Instagram.
Como você se comunica com eles?
Através de postagens, stories, directs, alguns anúncios patrocinados, acredito.
Certo, esse é o jogo. É assim que a rede social deve ser utilizada.
Mas e se amanhã o todo poderoso Mark Zuckerberg e seus acionistas decidirem mudar os termos de uso do Instagram? Mudar os rumos da rede social?
“A partir de agora não quero mais empresa aqui”.
E se o governo impõe à rede social algumas restrições?
E se amanhã a regra do jogo for alterada?
Você vai conseguir continuar interagindo com a “sua” audiência?
Eu poderia parar esse artigo aqui. Afinal, minha missão está cumprida: fazer você refletir sobre esse tema.
Isso porque acho um risco enorme para as empresas “depender” única e exclusivamente de uma rede social para interagir com seus clientes e potenciais clientes.
Você acaba ficando “refém” dos humores e das estratégias de quem controla essas ferramentas.
E, em um mundo cada vez mais digital, isso é cada vez mais perigoso.
Não é para usar a rede social, então?
Não é isso, claro. As redes sociais são parte fundamental das estratégias de Marketing Digital, principalmente para quem está começando a se aventurar e precisa começar a vender pela internet.
Fazer Marketing na Rede Social é barato, normalmente gera bons resultados, é um canal super sustentável, principalmente neste momento onde grandes investimentos em comunicação são cada vez mais raros.
A reflexão que eu quero trazer é: não dependa apenas das redes sociais!
Viu o que aconteceu com quem dependia apenas do ponto de venda físico durante a pandemia?
Viu o que aconteceu com quem não tinha um “plano B”?
Pois é.
Crie sua própria audiência
Você pode – e deve – usar as redes sociais na sua estratégia de marketing digital. Mas ela deve ser apenas um canal. Ele deve ser parte da estratégia. E não a estratégia.
Percebe a diferença?
Você pode, quem sabe, usar a rede social como um atrativo, como um canal para encantar seus clientes e potenciais clientes, estabelecer com eles uma relação, apresentar seu produto ou serviço, enfim, as possibilidades são muitas.
Só não pare aí.
Crie um site, um blog, uma página de captura, para levar seu potencial cliente para outro canal, um canal próprio, fora da rede social.
Gere leads
Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre leads certo?
Lead é uma oportunidade de negócio que forneceu suas informações de contato, como nome e email, em troca de uma oferta da empresa (um conteúdo educativo, por exemplo). Como um Lead demonstrou interesse no seu segmento, provavelmente gostaria de ouvir mais, inclusive sobre o produto/serviço, em um momento adequado.
(Resultados Digitais)
Você precisa gerar leads. Capturar os contatos da sua audiência. Esse é um caminho muito utilizado pelas empresas para dar corpo e mais independência à estratégia de Marketing Digital.
E a lógica é bem simples:
Você usa a rede social preferida do seu público, da sua persona, como canal para divulgar conteúdos do seu site, do seu blog e cria estratégias para levá-la até esses outros canais. Lá você estimula essa pessoa a te fornecer alguns dados, como e-mail, telefone, empresa onde trabalha, enfim. Em troca você pode oferecer um benefício, um conteúdo mais aprofundado.
É o famoso “cadastre-se e receba 10% na sua próxima compra”.
Quem nunca viu isso?
O centro da sua estratégia de Marketing Digital agora não é mais a rede social, percebe?
É um canal próprio (site, blog), sobre o qual você tem total controle. Lá você dita as regras e se relaciona da forma mais interessante para a sua empresa e para a sua audiência (que agora é sua de fato).
E os leads captados? Também são seus. E você se relaciona com eles através do e-mail, do WhatsApp, do telefone, pode cadastrá-los em seu CRM para criar estratégias comerciais mais elaboradas ou em uma planilha, apenas para ter o controle.
Mas aqui, nesse ponto da estratégia digital, o controle remoto sai da mão do poderoso dono da rede social. E passa para a sua.
Faz sentido para você?